“Tudo é duplo; tudo tem dois polos;
tudo tem seu par de opostos;
o semelhante e o dessemelhante são uma só coisa;
os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau;
os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades;
todos os paradoxos podem ser reconciliados”. O Caibalion
Vivemos em um mundo de dualidades, onde tudo tem dois polos. Se estamos aqui, é porque ainda não conseguimos transcender essa dualidade e nossa vibração ainda oscila entre o polo positivo e o negativo.
Existem oito Princípios Cósmicos que compõem a essência do Universo: Verdade, Inteligência, Espírito, Amor, Unidade, Princípio, Vida e Eternidade. De uma forma mais ampla, podemos dizer que mesmo esses arquétipos (formas perfeitas), possuem seu polo oposto, que infelizmente ainda é mais condizente com a vibração das pessoas do nosso planeta. O conhecimento dessa e das demais leis universais contribuem para que isso seja invertido, pois é a ignorância que mantém a humanidade na mentira, no ódio, no julgamento, na doença, no egoísmo, na dor e no sofrimento.
A lei da Polaridade vem nos mostrar que tudo possui dois lados: quente e frio, dor e prazer, luz e trevas, verdade e mentira… enfim, até espírito e matéria são dois polos diferentes da mesma realidade. A natureza é a mesma, mudando apenas a vibração. No caso da matéria, que vibra em um estado muito lento, conforme a vibração se eleva, os átomos vão se distanciando e a tornando mais sutil. Nosso Ser de Luz vibra em uma frequência muito alta, por isso dizemos que é de Luz. É como a água, que se comporta diferente de acordo com a temperatura: o gelo, matéria, fica mais maleável com o aumento da temperatura até chegar ao estado líquido e depois, os átomos continuam se distanciando até o estado gasoso. Mesmo que nossa visão não consiga captar, a água ainda está ali, assim como nossos corpos mais sutis.
No campo mental, em meio a tantos polos, tanta relatividade, nosso objetivo é buscar a integridade, o absoluto.
Quando temos consciência de que luz e trevas são polos opostos de uma mesma natureza, somos capazes de aplicar essa lei em nosso processo de autoconhecimento. Se minhas qualidades e defeitos possuem polaridades opostas, basta identificar o que possuo dentro do meu pacote de informação e transmutar o que é negativo para positivo. Ao menos conseguirei distinguir o que já possuo, mesmo que na vibração incorreta, do que ainda preciso começar a desenvolver em mim.
Por exemplo: se sou covarde, devo transmutar essa covardia em coragem; se sinto ódio ou raiva de alguém ou alguma coisa, posso transmutar em amor. Mas se não consigo perceber esses sentimentos em nenhum grau, preciso desenvolvê-los em mim. Também não posso transformar covardia em amor, nem ódio em coragem. Tudo é uma questão de vibração, tanto no plano mental como no físico, onde não podemos transformar o calor em silêncio, mas é possível diminuir a vibração do calor para transformá-lo em frio. É importantíssimo se autoconhecer para conseguir realizar essa transmutação do estado mental, ou, como os alquimistas diziam, transformar chumbo em ouro.
Entre as polaridades existem muitos estados vibratórios. Percebemos isso claramente nas notas musicais e nas cores por exemplo, onde cada uma das escalas é diferente da outra, embora sejam da mesma natureza. O interessante é que se torna praticamente impossível saber onde termina uma escala e começa a outra. Vamos utilizar como exemplo um termômetro, onde o frio e o calor são apenas polaridades opostas de temperatura. Entre o muito quente e o muito frio, existem diversos graus de temperatura, mas não existe um marcador no termômetro que demonstra onde termina o frio e começa o quente.
Na escala vibracional, entre uma polaridade e outra, a que possui maior vibração pode ser chamada de positiva, e a que possui a menor vibração, de negativa. Portanto, nessa escala, o que vibra em um grau mais elevado, automaticamente passa a dominar o que está no grau abaixo. A tendência do Universo é sempre na direção do polo positivo, já que tudo está dentro do Todo, que é representado pelos oito princípios absolutos.
Tudo na natureza tende a evoluir para atingir estados vibratórios mais elevados, em ressonância com o Todo. Até os minerais, vegetais e animais estão o tempo todo ganhando informação e, consequentemente, ampliando a consciência. No caso dos humanos não é diferente, mas já conquistamos um estágio onde temos o poder de criar nossa própria realidade e se utilizar do nosso livre-arbítrio. Essa conquista vem acompanhada da responsabilidade de fazer escolhas conscientes. Por isso, devemos nos utilizar da inteligência para perceber as polaridades e não deixar que nossas escolhas atrasem ou até impeçam nossa evolução.
Vale destacar que uma consciência maior se sobrepõe à uma menor. Isso se aplica inclusive na cocriação da realidade. Alguém com a consciência mais expandida cresce e leva consigo muitas outras pessoas, mesmo que estas não percebam. Embora cada um crie sua própria realidade, um ser mais consciente acaba “arrastando” outros para sua realidade, o que é muito bom para todos, já que uma consciência ampla significa uma alta vibração e, consequentemente, uma realidade mais positiva.