Quem realmente somos?

Toda jornada em busca do autoconhecimento inevitavelmente nos leva a essa indagação essencial: Quem verdadeiramente somos por trás das múltiplas máscaras que usamos?

Ouvimos diversas interpretações sobre esse assunto. Alguns sugerem que somos uma interação complexa entre luz e sombra; outros, que somos Deuses, enquanto alguns afirmam que carregamos diversos demônios internos ou somos totalmente insignificantes em um Universo tão imenso. Mas, em meio a tantas perspectivas, quem realmente somos? Será nosso ego, nossos pensamentos, nossos sentimentos? Uma combinação de todos esses elementos?

Na verdade, somos Seres de Luz, criados à imagem e semelhança de Deus, perfeitos e com todos os atributos divinos: verdade, inteligência, abundância, amor, integridade, poder, saúde e eternidade. Considerando que tudo é energia e informação, podemos afirmar que o que nos distingue de Deus é a quantidade de informação e, por conseguinte, de energia. No entanto, em essência, somos iguais.

Para compreender melhor, consideremos que Deus seja a totalidade do Universo, ou seja, absolutamente tudo o que existe está dentro desse pacote de informação maior. Essa Inteligência Suprema vivencia sua própria informação através dos seres da natureza, cada um dotado de seu próprio pacotinho de informações.

Vamos nos concentrar nos seres humanos: habitantes de um mundo de dualidades que ainda é palco de muitos desafios e sofrimentos, onde percebemos a existência de um inconsciente coletivo que perpetua crenças limitantes e distorcidas. Desde o nascimento, somos envolvidos por narrativas inadequadas que contradizem nossa verdadeira identidade, nos fazendo acreditar na existência de dois poderes.

Imaginemos um cenário em que desde a concepção somos imersos em um ambiente de positividade e plenitude, recebendo apenas crenças verdadeiras e fortalecedoras. Em um mundo assim, seríamos seres totalmente diferentes: empoderados e felizes. Claro que devemos considerar toda a informação adquirida em existências passadas, que por sinal molda nosso corpo, estipulando fatores como saúde e beleza.

Portanto, o principal obstáculo para manifestar plenamente nossa real essência são as crenças que carregamos, as quais foram incutidas em nós desde o útero de nossas mães. Nosso Ser de Luz nos conduz o tempo todo, mas sempre respeitando nosso sistema de crenças, pois ao se materializar nesta terceira dimensão, está sujeito às leis que regem a manifestação.

Conta-se que o verdadeiro herói na vida de Buda foi seu pai, que o protegeu da exposição a todas as formas de sofrimento, desde doenças até a velhice e a morte. Isso nos faz refletir até que ponto crenças tão positivas e condizentes com sua verdadeira essência o auxiliaram a atingir a iluminação.

Assim, compreendemos que nossa natureza é de Luz, embora também carreguemos sombras, seja as que criamos por nós mesmos ou as que absorvemos do ambiente em que vivemos. 

Muitos sábios nos ensinaram que toda a plenitude reside dentro de nós, e que alcançá-la requer esvaziar-se de nosso conteúdo. Concordo plenamente com essa afirmação e considero as abordagens terapêuticas e o autoconhecimento fundamentais para alterarmos nosso pacote de informação, nos limpando de crenças limitantes e distorcidas. Entretanto, essa ideia pode gerar certa confusão, levando algumas pessoas a subestimarem a importância do conhecimento no processo de crescimento.

É verdade que precisamos nos esvaziar, nos confrontando com nossas sombras, ressignificando nossas crenças e curando nossos traumas. No entanto, o conhecimento desempenha um papel vital em nossa jornada evolutiva. Estamos neste mundo para adquirir informação, pois é isso que nos aproxima de Deus. Não informação pura e simples, mas sim verdadeira e devidamente processada e integrada em nossa consciência. Dessa forma, integraremos um ego fortalecido na verdade à nossa essência divina, subindo um degrau no processo evolutivo.

O Instituto Graal se baseia no conhecimento e no autoconhecimento, fatores fundamentais para o crescimento e a busca da verdadeira felicidade.

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